Fim

Quando uma relação chega ao fim, ela não acaba no dia em que é anunciada. Acontece assim, silenciosa, rasteira, matando os sentimentos bons diariamente.
Não se iluda e nem finja surpresa achando que tudo se transformou da noite pro dia. 
Os sintomas do fim foram anunciados constantemente, no carinho ausente, no beijo adiado, no sexo postergado, nos olhares desviados ou pior, fechados, no diálogo evitado, na rotina subestimada, nas mentiras praticadas, na fuga de encarar com honestidade problemas ou resoluções conjuntas, no distanciamento de corpos, planos, propósitos e vidas.
Por fim, ‘depois’ cultivados e transformados em sepultamentos, pois assim como o amor é construção, a falta dele ou descaso com ele é desconstruí-lo vorazmente. 

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